faced dois mil: um plano em discussão.
um projeto coletivo feito com ritmos próprios.
este documento está em permanente discussão
versão de 03/11/99 *
A FACED do ano 2000 a 2012
Qualquer plano prevê um certo período de tempo. Escolher dois, quatro, nove ou qualquer outro período é uma questão que, muitas vezes tem ligação com alguns pressupostos de continuidade administrativa ou de preferências pessoais e políticas específicas. Escolher 12 anos para um plano diretor é uma escolha baseada em outros parâmetros.
De um lado, o mandado de um equipe diretora de unidade Universitária é de quatro anos, e, ao se escolher 12 anos, não se está fazendo o mesmo coincidir com nenhum início ou término de mandado imediato. E imagina-se estar longe de qualquer grupo querer estar três mandatos consecutivos a frente da FACED. Neste sentido, o que se pretende aqui é a reflexão em torno de um projeto político e de existência para a Faculdade e de sua inserção na UFBA e não um conjunto de idéias que possa ser útil apenas para projetos pessoais ou de um grupo de pessoas. Como todo projeto em construção, ele deverá sofrer todas as modificações que forem necessárias ao longo do seu período de vigência e, neste sentido, não se estará buscando olhar apenas para quem esta ocupando o cargo de direção. Ao contrário, a idéia é justamente possibilitar um plano coletivo maior que de suporte também às escolhas dos futuros dirigentes.
O compromisso com alguns princípios (e fins!) é o que está em questão aqui.
De outro lado, 12 anos corresponde à mudança de um signo no horóscopo chinês e, desta forma, estaremos pensando assim num projeto que considere o astral de um mesmo período, pelo menos num dos sistemas de leitura de mundo.
O ano de 2000 é o ano do Dragão no horóscopo chinês. O Dragão não é simples. Ele é carismático, colorido mas gosta de ser o centro das atenções e é muito arrogante.
Portanto, todo cuidado é pouco. No entanto, é dinâmico e criativo. O símbolo (I CH'IEN) associado a ele no I Ching - o livro das mutações - é exatamente a criatividade.
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O Dragão é o símbolo para iluminar verdades vindas das profundezas sociedade e do universo, com muita criatividade, e dinamismo. "A tempestade passou" diz o I Ching.
Portanto, uma plano para a FACED neste período precisa pensar na possibilidade de transformação a partir do respeito e estimulo aos movimentos de cada um, com uma ênfase muito grande no coletivo, sem que, com isso, pense-se num caminhar em um único ritmo, direção ou sentido. Como um espaço universitário, a pluralidade deverá marcar este caminhar e, para tal, é básico pensar na possibilidade de Pedagogias da Diferença e não mais nas atuais Pedagogias da Assimilação.
Projetos amplos: pensando teoricamente e propondo políticas simultaneamente.
Passar das atuais Pedagogias da Assimilação para a possibilidade de Pedagogias da diferença é o que move este projeto enquanto pesquisa acadêmica e que, ao mesmo tempo, alimenta filosoficamente esta proposta.
Estas idéias, que estão em desenvolvimento tanto no campo teórico de um conjunto de pesquisas em andamento da Faculdade de Educação (FACED), estão aqui sendo incorporadas numa perspectiva política de construção de um novo espaço educacional e comunicacional que tenha como base as redes de relações. Neste sentido, e utilizando-se de expressão já em uso em outras áreas, pensa-se numa novafaculdade de e-ducação. Onde o e que vem de eletrônico, é muito mais do que isso. É rede. É comunicação. É o estabelecimento de conexões que respeitem os nós interconectados como elementos fundantes. Elementos de valor. Nesta perspectiva, estas reflexões têm como substrato, isto é, como fundante, a diferença e não a identidade.
Assim, algumas vantagens podem ser vistas na adoção desses novos referenciais. Uma primeira vantagem fundamental é não haver, ao pensar na diferença como fundante, como substrato, uma hegemonia universal, ou seja, uma grande narrativa legitimadora dessa narrativa. Considera-se assim, isso como sendo uma concepção pós-moderna ligada ao Poder.
Uma segunda vantagem, sob o ponto de vista do conhecimento é não valer a linearidade. Tem-se, portanto, uma rede não linear de diferenças, uma rede não linear de diferenças em interação. Cada estudante, cada professor, cada servidor, enfim, cada sujeito libertar-se-ía do uno como fundante (consequentemente também o objeto) e seria uma rede de diferenças, onde cada elemento seria também uma rede de diferenças, superando-se assim o ego, super-ego, id, alter-ego, etc.
A única referência ao uno é o movimento, ou seja odevir.
Do ponto de vista institucional, isso significa quebrar a tradição de teoria e prática, conhecimento básico e aplicado, pensamento e ação, trabalho e lazer, entre outros. Institucionalmente, haveria dois universos interpenetrantes: o universo do local, relacionado à historicidade da instituição, de natureza não disciplinar em termos de conhecimento, e um outro, não local, trans-institucional, transterritorial, caracterizado pelo conhecimento disciplinar, especializado. Com esses universos complementares e interpenetrantes, a instituição estará no mundo e o mundo no território institucional e social.
O conhecimento seria trabalhado como um espaço acontecimental, na singularidade do que acontece com sentido e, ao mesmo tempo, ao nível da linguagem, um outro espaço, o das proposições, através darepetição, numa topologia de vizinhança das interações humanas. A aprendizagem seria dada pela interpenetração desses espaços através da intensidade e do sentido.
Só para maior esclarecimento, considere o objeto dado, o do jogo. Potencialmente, o fundante do dado é ter seis faces, ou seja, a diferença. É a singularidade do lançamento do dado que faz o mesmo exibir uma das seis faces. Ao mesmo tempo, a intensidade da exibição das seis faces (ou seja oacontecimental com sentido) é que contribui para explicitar a identidade do dado. Assim, parte de sua identidade é a expressão do espaço acontecimental da diferença, através da singularidade de cada jogada e da intensidade com que cada face se apresenta no acontecimento.
O outro espaço, ao nível da linguagem, complementar à identidade do dado, numa topologia de vizinhança de interações humanas, ocorre através da repetição da proposição deu face X, que tem sentido e interpreta o espaço acontecimental.
A aprendizagem sobre o dado é realizada pela interpenetração desses dois espaços através do sentido e da intensidade. Assim, forma-se a identidade do dado, enquanto aprendizagem, tudo como fundante do processo da diferença.
É nesse sentido que a base desse plano é a de se buscar um trabalho mais coletivo, cooperativo, que tenha como fundante a diferença dentro da unidade. Aliás, o primeiro elemento básico é um não à essa idéia de se chamar as Faculdades, Escolas, Institutos como Unidades, vinda de uno. A unidade aqui será pensada como esta teia de relações de diferenças que está sendo referida. Das relações da FACED com a UFBA como um todo, e dela com a sociedade em geral, tendo especial ênfase a articulação com as secretarias de educação estadual e municipais, com os sindicatos e associações, com as ONGs envolvidas com educação e cultura e com o sistema de comunicação. Este último em especial no atual momento contemporâneo. Isto porque, a ênfase será sempre na dimensão comunicacional do processo educativo. Assim, se priorizará a circulação e democratização de informação e da comunicação inter,intra e extra unidade.
Isto exige uma atuação emergencial no sentido viabilizar tecnicamente este desejo.
todo aluno(a) ao entrar nos cursos oferecidos pela unidade, no ato da matrícula, recebe uma conta de acesso à Internet na rede F@CED.
Acesso a informação: instalação de quiosques de informação espalhados pela Faculdade, com a criação de espaços específicos para acesso à Internet com terminais públicos espalhados pela unidade de forma a facilitar e desburocratizar a conferência diária de emails. Ênfase na comunicação eletrônica entre os diversos setores administrativos e acadêmicos. Rotinas como reservas de salas, auditórios, equipamentos, podem ser feitas por email ou por telefone.
Estas articulações terão que se dar também internamente à Faculdade com um mudança radical de concepção na separação dá pesquisa, da extensão universitária e do ensino de graduação e pós-graduação. Assim, tem que ser fortalecida a produção de conhecimento (a pesquisa) na unidade como um todo e não apenas através de projetos conduzidos e administrados pela pós-graduação.
Para tal, um mudança de cultura torna-se necessário, uma vez que desde a origem da pós-graduação nas universidades brasileiras experimentamos este processo de separação e isolamento.
Num misto de interação interna e externa faculdade passa a se articular de forma mais intensa com outras organizações em defesa da educação pública em todos os níveis. Nessa linha deverá ser reforçado o nosso compromisso e envolvimento com o Fórum em defesa da Escola Pública e a formação de professores a partir de cursos sólidos que articulem pesquisa, ensino e extensão passa a ser prioridade. Assim, a FACED passa a intensificar, interna e externamente, as discussões sobre o papel das Faculdades de Educação e dos cursos de pedagogia, reforçando o seu forte e histórico vínculo com as licenciaturas na UFBA. Mas não só internamente á UFBA. A relação da FACED com as demais Universidades e Faculdades de formação de professores do Estado da Bahia precisa ser intensificada a partir do estabelecimento de um forte e sólido programa de parcerias e permutas que envolva as dimensões acadêmicas, administrativas e políticas. Merece destaque nessa área e nesse momento histórico a discussão sobre a criação dos Institutos Superiores de Educação, preconizado pela atual legislação. Será o caminho para a Faculdade transformar-se em um Instituto Superior de Educação? Esta é uma discussão que necessita ser aprofundada com urgência.
Entender essa questão é compreender que a FACED não está e nem deve estar fora das discussões mais gerais dos processos conjunturais da sociedade brasileira. Assim pensar a FACED hoje é pensá-la num diálogo crítico com os demais movimentos sociais.
Do ponto de vista administrativo algumas medidas podem ser tomadas para contribuir com esta transformação interna de cultura.
Otimizar os serviços administrativos da faculdade como um todo, caminhando para uma unificação das secretárias em torno das necessidades de ensino, de pesquisa e de extensão e não na falsa divisão graduação e pós-graduação.
Ainda pensando na pesquisa e produção de conhecimento e visando subsidiar o envolvimento institucional da FACED é necessário mapear as linhas de pesquisa em andamento na Unidade, buscando o seu fortalecimento através de um programa global de vinda de consultores e visitantes para o fortalecimento destas pesquisas.
A formação de professores e professoras tem especial destaque na caracterização da Faculdade. Sendo assim, e recuperando o já realizado através dos inúmeros fóruns, seminários e congressos, estabelecer um programa de reflexão sobre as licenciaturas e a própria pedagogia, buscando uma maior aproximação com todos os demais setores acadêmicos da UFBA. Procurar-se-á estabelecer um projeto de articulação de apoio ao ensino na Universidade como um todo. Com isso, pode ser possível resgatar o papel histórico e fundamental de uma e da Faculdade de Educação da UFBA e caminhar para a implantação de cursos noturnos, com qualidade e condições de trabalho para professores(as) alunos(as) e servidores(as).
A Faculdade de Educação, que se constitui no espaço de formação dos futuros educadores é vista como uma das piores unidades de ensino da Universidade. Resgatar o papel de respeito dos profissionais da FACED, através de um amplo processo de repensar as disciplinas, as relações destas disciplinas com os cursos para os quais elas são oferecidas é uma mais intensa atuação da própria Faculdade nas atividades de ensino dentro da Universidade.
Outra importante dimensão deste plano cujo substrato é a diferença, é pensar na não neutralidade do espaço físico, do local. É, portanto, pensar o espaço físico específico da escola, da faculdade, o espaço para e do aprendizado e da produção de conhecimento e de cultura como um espaço específico que precisa ser repensado e estudado.
Buscar uma parceria com a Escola de Arquitetura e Urbanismo, Prefeitura do Campus e Liceu de Artes e Ofícios, para elaboração do plano diretor da FACED. Durante o semestre 2000.1 se buscará pensar a unidade para os próximos 12 anos, tanto do ponto de vista acadêmico como de espaço físico, arquitetônico e urbanístico. Alguma questões básicas que se buscará planejar a título de ilustração:
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Gabinetes para os docentes e laboratório coletivos, com telefone e computador com acesso à rede
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Mudança de todas as salas de aulas para a parte do fundo do prédio (são mais ventilada e com menos barulho), passando para a frente todos os setores que usam ar condicionado, basicamente, gabinetes, núcleos, administração.
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Reforma nos auditórios de forma a transformá-los em espaço múltiplo para atividades com todos os recursos de comunicação fixos (retroprojetores, datashow, som, gravação, televisão, vídeo)
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Portaria e setor de informações ampliadas na entrada da faculdade
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Adaptação de toda a unidade para acesso de portadores de necessidades especiais
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Conexão à rede Internet em todas as salas
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Plano de articulação com Escola de Administração, ICS e Faculdade de Medicina para implantação de um complexo de convenções com infra estrutura adequada e que se some, aliando a montagem de um plano para instalação sem superposições de livrarias, cantinas e restaurantes, bar, espaço de lazer coletivo, cineclube.
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Instalação de no mínimo dois laboratório didáticos de informática
Outra questão que necessota maior relexão é a formação profissional em Educação Física na FACED/UFBA. Essa importante área de conhecimento da educação tem, nos últimos vinte anos, mudado significativamente seu fazer pedagógico nas universidades, escolas, clubes, centros comunitários, entre tantos outros. Esse curso é a principal referência no âmbito do estado da Bahia nesta matéria sendo o mesmo o mais concorrido da FACED e um dos dez mais concorridos da UFBA.
Cabe a FACED qualificar a atual experiência, compreender seu relevo e especificidade e ousar novos horizontes imprimindo sua contribuição na:
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reforma curricular participativa e referenciada nos debates contemporâneos da área e no novo ordenamento legal
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promoção de novos cursos "lato sensu" na área e implantação da primeira linha-programa "stricto sensu" em Educação Física, Esporte e Lazer do norte-nordeste no programa de pós graduação em educação da UFBA
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ampliação do apoio institucional da Faculdade ao NEPEL - Núcleo de Estudos e Pesquisas em Educação Física, Esporte e Lazer e à secretaria estadual da CBCE/BA
O Centro de Esportes que é um espaço privilegiado da universidade-comunidade necessita de um redesenho do seu espaço e das suas atividades de ensino-pesquisa e sobretudo de extensão. Devemos fortalecer o uso e manutenção desse patrimônio público, incrementando os projetos em curso e os estimulando novos, com a busca de uma imediata melhoria de seus equipamentos e laboratórios. Para tal, deve-se burcar parcerias com órgãos públicos e a iniciativa privada para, presidido pelos interesses públicos, garantir aos cidadadãos e cidadãs práticas corporais-esportivas, atividades de lazer, exercício físico orientado e outras possibilidades de uso sócio-cultural.
Nesta linha, como mais um dos elementos específicos que precisam ser repensados, esta a situação do curso e do Departamento de Educação Física, que foi incorporado à Faculdade como uma forma temporária de articulação deste curso com a Faculdade e com a Universidade como um todo. Em função das discussões sobre o significado desse curso e da melhor ocupação e gestão do Centro de Esportes de Ondina (com um planejamento tal que possibilite um aproveitamento mais racional da área, considerando que a mesma encontra-se em área de forte valor comercial na cidade). As discussões na área da Educação Física estão apontando para um duplo caminho e pensa-se num primeiro momento, aprofundar esse debate sobre a integração das atividades e pesquisas ligadas ao corpo com o universo educacional.
Anexo a este plano, um projeto de pesquisa-intervenção ainda em seus primeiros passos que esta sendo pensando coletivamente (vide anexo).
De outro lado, não se pode imaginar que esta produção de conhecimento e de cultura, esta relação com os demais setores da sociedade se dê a partir do zero. Neste sentido, a importância da biblioteca aumenta uma vez que ela passa, agora a incorporar não só os tradicionais livros impressos, responsáveis historicamente pela circulação e democratização do saber, mas todos as outras mídias. Neste sentido, considera-se importante, fortalecer o projeto já em andamento de reestruturação da Biblioteca Anísio Teixeira.
Alem de sua continuidade pensa-se que seja importante ampliá-lo no sentido de:
Ampliar o horário de funcionamento para os sábados e até as 21 horas diariamente
Dotar a mesma de ar condicionado central visando a conservação do acervo e conforto dos usuários
Ampliação do acervo, com especial ênfase na assinatura de periódicos nacionais e estrangeiros.
Criação de uma seção no Boletim da Faculdade com a divulgação periódica das novas aquisições
Ampliação das aquisições de CD-ROMs, vídeos, softwares educacionais, slides, filmes.
Considerando a forte presença da área de artes na unidade, ampliar o acervo desta área, sem desprezo dos demais.
Considerando a importância da obra de Anísio Teixeira, que dá nome à Biblioteca, criar um centro específico de referência sobre o mesmo
A dimensão comunicacional deste plano exige uma especial atenção se dará ao fortalecimento das publicações da FACED, sejam através de livros, revistas e jornais, como de vídeos, programas de televisão, CD-ROMs e home-pages. Estabelecer uma forte articulação com a EDUFBA para o fortalecimento da Revista da FACED e da criação de um Boletim semanal (na linhas dos Panfletos ) com informações gerais sobre a unidade para a unidade.
Mas além da divulgação acadêmica entre pares, a Faculdade precisa estar preocupada com a socialização de sua produção para fora da Universidade. Sendo assim, pensa-se na articulação com algum órgão da imprensa nacional e/ou local (jornal e TV) para a realização dos debates FACED/Parceiro.
Todo início e final de semestre, um grande tema da educação brasileira, pesquisado pelos docentes da unidade será publicamente debatido, com a vinda de convidados especiais, do Brasil ou do exterior. Estes debates serão objeto de matérias especial no jornal/TV/Radio parceiro, serão gravados e simultaneamente disponibilizados via Internet e se constituirão, ao longo do ano, num caderno e num CD ROM específico a ser publicado com a marca Faced/UFBA. A idéia básica com estes eventos é dar mais transparência ao que aqui se pesquisa e procurar de uma forma mais ampla a interferir no andamentos das políticas públicas.
Estes eventos farão parte das semanas acadêmicas que estamos propondo para como parte da carga horária de todas as disciplinas do semestre simultaneamente, serem alocados na segunda semana do primeiro semestre e na penúltima semana do segundo semestre de cada ano.
Paralelamente prevê-se um fortalecimento do canal interno de televisão e vídeo (ÉduCANAL), criando uma rádio na Internet com debates e programas ligados à educação. Ampliar a emissão do ÉduCANAL, buscando inclusive autorização para funcionamento como canal de baixa potência e emissão via cabo para toda a UFBA. Articular com a Faculdade de Comunicação de forma a oferece-lo como laboratório didático para disciplinas da FACOM e da FACED. Um dos pontos fundamentais destes meios de comunicação deverá ser a ampla participação dos estudantes na gestão destes meios de comunicação.
Um outro elemento que é presença forte no debate acadêmico e político contemporâneo é a utilização das metodologias de educação a distância, tendo a Faculdade já uma história de desenvolvimento de cursos, docentes com dissertações e teses na área e projetos de pesquisas sobre a temática. Neste sentido, prevê-se a montagem de infra-estrutura teórica e prática para oferecimento de cursos e programas que se utilizem da metodologia de ensino a distância, com especial ênfase na elaboração das políticas da UFBA para a área.
Do ponto de vista da política universitária, fortalecer as representações estudantis nos órgãos colegiados da unidade e da administração central, criando espaço para a ampla discussão dos problemas da UFBA dentro da Faculdade.
No que se refere aos aspectos administrativos, que tanto dificultam a viabilização de inúmeras outras propostas já existentes na Faculdade, é necessário fortalecer a realização dos desejos de cada servidor, considerando aí suas especificidades e diferenças, no sentido de dar uma maior leveza nas atividades administrativas da Faculdade.
Alem disso, é necessário a criação de uma secretaria de apoio ao docente. A idéia básica: concentração das informações de tal forma que cada docente e cada funcionário prestará uma única vez a informação e essa informação alimentará relatórios anuais da unidade, relatórios individuais para GEDs e outros, serviço de currículos para docente, relatório CAPES, e home-pages pessoais e da unidade. Este banco de dados será montado nesta secretaria que basicamente deverá prestar serviço de apoio ao docente e servidor técnico-adminitrativo.
Esta secretaria teria a responsabilidade de manutenção dos sistemas de informação da Faculdade (home-page, serviço de email, atendimento telefônico e fax, informações gerais sobre eventos e pesquisas em andamento).
Vinculado a esta secretaria, um setor ou pessoa de apoio e acompanhamento de docentes e servidores técnico-administrativo em programa de qualificação. Uma linha direta será instalada para atendimento de ligações de docentes que estão fora da unidade, acompanhamentos das questões burocráticas da vida do docente enquanto ele estiver afastado de tal forma a possibilitar que o mesmo fique absolutamenterelaxado quando à sua vida burocrática e, com isso, possa ser um pólo de ligação deste com a unidade e da unidade com os demais setores no estado ou país que o docente/servidor encontrar-se.
O pressuposto básico aqui é o de considerar o docente ou servidor técnico administrativo em qualificação como um embaixador da unidade onde ele estiver.
Instalação de terminal de Internet na telefonia, para ampliação do atendimento ao público com informações precisas sobre cursos, eventos, pesquisas em andamentos e demais informações acadêmicas aos estudantes que não tiverem acesso a Internet fora da Faculdade. Instalação do serviço geral de fax, sem interferência pessoais, dia e noite, visando uma maior agilidade do sistema, evitando com isso duplicação de esforços e a economia de recursos. Centrar emissão de fax para fora dos horários de pico. Garantir total privacidade de fax enviados e recebidos através da Faculdade.
Ampliação da central telefônica com ligação direta a ramais e abertura das linhas para chamadas externas sem necessidade de operador.
Ampliação do horário de acesso à Unidade, tendo a mesmo funcionamento normal aos sábados para acesso de estudantes e professores e domingos mediante responsabilidade.
Otimizar os equipamentos existentes na Unidade com um mapeamento e divulgação de tudo que se possui no momento. Este estado da arte, socializado, possibilitará uma maior concentração de esforços de todos os projetos na aquisição de equipamentos compatíveis com a infra estrutura existente e, com isso, uma maior aperfeiçoamento do sistema como um todo.
Criação de um setor de apoio técnico para consertos de equipamentos, infra estrutura de auditórios e eventos, instalação e manutenção de computadores e manutenção da rede interna (intranet) e externa (comunicação com a Rede UFBA). Aqui se estabelecerá uma forte articulação com o CPD e com o NEPEC, buscando uma parceria específica com o CEFET visando oferecer a unidade como elemento de estágio para estudante de eletrônica do nível médio.
Montagem de um central de copiagem de médio porte a serviço da unidade com pequenas copiadores descentralizados nos setores de maior necessidade. Instalação de copiadora de auto-serviço na biblioteca.
Um setor de eventos dará a infra-estrutura necessária para os eventos pensados pelos grupos e pelos docentes, dando especial ênfase ao momento de finalização das pesquisas de mestrado e doutorado. Forte articulação com o sistema de comunicação para a divulgação destas pesquisas. Toda defesa será disponibilizada na Internet via um sistema de vídeo conferencia.
Mapeando a produção deste documento
Este documento já passou pelas seguintes instâncias/etapas:
Em 3/11/99 foram incorporadas as sugestões preliminares do grupo do Departamento de Educação III - Educação Física
As últimas versões forem incorporando as discussões que foi se estabelecendo na montagem de uma chapa para concorrer à consulta para eleição de diretor e vice diretor que acontece em novembro de 1999.
Versão 4.0: redigida por Nelson Pretto, já incorporando as discussões ocorridas nos dois eventos do Fórum FACED.
Versão 3.1 (arquivo: faced2000v3_1.rtf . Data: 15/10/99) - Salvador/Bahia e Londres/Inglaterra. Junho de 1999. Por Luis Felippe Serpa e Nelson Pretto
Carta Pessoal manuscrita de Luis Felippe P. Serpa a Nelson Pretto em 19/05/99
Versão 1.0 (arquivo: faced2000v1_2.doc) - Londres/Inglaterra. Maio de 1999.
O anexo à versão 3.0, foi produzido inicialmente por Nelson Pretto em maio de 1999.
(*) fonte:http://www.eliki.com/ancient/myth/dragon/content.htm
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