32º MANIFESTO E PLANO DIRETOR FACED 2011

 

32º MANIFESTO E PLANO DIRETOR FACED 2011
DOS BALANÇOS, AOS RUMOS DA SUPERAÇÃO DAS CONTRADIÇÕES NA EDUCAÇÃO SUPERIOR, EM MEIO A TRANSIÇÃO: O PLANO DIRETOR DA FACED UFBA SITUADO NA CONJUNTURA.

 

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA

FACULDADE DE EDUCAÇÃO

REUNIÃO ORDINÁRIA DA CONGREGAÇÃO

 

32º MANIFESTO - Encaminhado via internet em 04/02/2011 e entregue na reunião ordinária da Congregação em 07/02/2011. Ano da comemoração dos 140 anos da Comuna de Paris.

 

DOS BALANÇOS, AOS RUMOS DA SUPERAÇÃO DAS CONTRADIÇÕES NA EDUCAÇÃO SUPERIOR, EM MEIO A TRANSIÇÃO:

O PLANO DIRETOR DA FACED UFBA SITUADO NA CONJUNTURA.

 

...a história nunca se fecha por si mesma e nunca se fecha para sempre. São os homens, em grupos e confrontando-se como classes em conflito, que ´fecham´ ou ´abrem´ os circuitos da história. (Fernandes, 1977:5)... O que devemos fazer não é lutar pelo Povo. As nossas tarefas são de outro calibre: devemos colocar-nos a serviço do Povo brasileiro para que ele adquira, com maior rapidez e profundidade possíveis a consciência de si próprio e possa desencadear, por sua conta, a revolução nacional que instaure no Brasil uma nova ordem social democrática e um estado fundado na dominação efetiva da maioria. (Fernandes. 1977: 245-6)1.

 

A junção da fragmentação ao abandono do campo crítico na disputa pelo projeto educativo e o foco de atendimento da grande massa desorganizada e despolitizada resultou naquilo que foi dominante na educação durante a década – a política da melhoria mediante as parcerias do público e privado. Desse desfecho resulta que no plano estrutural reiteram-se as reformas que mudam aspectos do panorama educacional sem alterar nossa herança histórica que atribui caráter secundário à educação como direito universal e com igual qualidade. Não só algo secundário, mas desnecessário para o projeto modernizador e de capitalismo dependente aqui viabilizado. No plano das políticas educacionais, da educação básica à pós-graduação, resulta, paradoxalmente, que as concepções e práticas educacionais vigentes na década de 1990 definem dominantemente a primeira década do século XXI, afirmando as parcerias do público e privado, ampliando a dualidade estrutural da educação e penetrando, de forma ampla, mormente nas instituições educativas públicas, mas não só, e na educação básica, abrangendo não só o conteúdo do conhecimento como também os métodos de sua produção ou socialização. A não-mudança estrutural a que me refiro pode ser nitidamente percebida pela leitura de balanços síntese feitos por três intelectuais2representantes do pensamento crítico, os quais evidenciam que, tomados os últimos 80 anos, a prioridade da educação sustenta-se apenas no discurso retórico.(Frigotto: 2010, 9. 09-10).

A Comuna prova que, em contraste com a velha sociedade, com as suas desgraças econômicas e o seu delírio político, vai nascendo uma sociedade nova cujo governo internacional será a Paz, porque o seu governante nacional será por toda a parte o mesmo – o Trabalho! (Primeira mensagem do Conselho Geral da Associação Internacional dos trabalhadores (AIT) sobre a Guerra Franco-Prussiana).

1 Textos de Florestan Fernandes utilizados por Frigotto em seu texto apresentado a Reunião Anual da ANPED (2010). FERNANDES, Fernandes. Os circuitos da história. São Paulo, HUCITEC, 1977. FERNANDES, Florestan. A sociologia no Brasil. Petrópolis, Vozes, 1980. FERNANDES, Florestan. Diretrizes e Bases: Conciliação aberta. Revista Sociedade e Universidade. São Paulo, ANDES, 1992.

2 NOTA NOSSA – Os três mencionados por Frigotto são: Florestan Fernandes, Francisco de Oliveira e Marilena Chauí.


BAIXAR TEXTO COMPLETO PDF

 

 

Ano: 
Tipo de Documento: